Arthur Olinto
Meu nome é Arthur Olinto, Administrador, natural de João Pessoa, capital da Paraíba. Embora eu tenha 27 anos, a expectativa médica era que eu vivesse apenas 12 anos (devido a minha deficiência, a síndrome de Conradi–Hünermann). Como primeiro neto do lado materno, cheguei a este mundo cercado de alegria e cuidado. Apesar da minha limitação física, meus pais não me educaram embebido num vitimismo, mas estimularam, desde cedo, a minha capacidade intelectual. Na minha pré-adolescência, por exemplo, aprendi a jogar xadrez, obtendo êxito em vários torneios a nível municipal, estadual, regional e nacional. Desde cedo, fazia muitas viagens por causa do xadrez, o que me proporcionou conhecer as cinco regiões do Brasil e dois países (Argentina e Paraguai). Foi nesse meio, cheio de amor familiar, com os mimos de primogênito que cresci, alçando voos a cada dia maiores.
No âmbito religioso, apesar de ter sido batizado na Igreja Católica, ante o divórcio dos meus pais quando eu ainda era muito pequeno, acabei que fiquei do lado protestante da minha família. Na minha infância, frequentei a Assembleia de Deus, que era a denominação na qual meu padrasto e minha mãe iam. Apesar disso, porém, eu nunca simpatizei com a espiritualidade pentecostal. Aos 15 anos, por influência da minha tia, Elizete Olinto, que, inclusive, será, em breve, pastora anglicana, fiz um Encontro de Jovens com Cristo na Igreja Anglicana, na qual congreguei até pouco antes de optar pelo catolicismo. Pedi desligamento da Igreja Anglicana em setembro de 2012, vindo a converter-me ao catolicismo em março de 2013.
Enquanto anglicano, tinha muitas discussões com várias pessoas da minha igreja e de outras denominações, cristãos comprometidos, de oração, estudiosos, mas que chegavam a conclusões diversas e que tornavam, necessariamente, os outros redondamente enganados. Além das divergências teológicas, havia também a questão numérica, que tornava a situação ainda mais difícil de ser contemplada em sua totalidade. […]