7 sacramentos: As graças extraordinárias vindas do Cristo
Inicio este texto com um trecho da Encíclica Mysterium Fidei, escrita por São Paulo VI: “E ninguém ignora serem os Sacramentos ações de Cristo, que os administra por meio dos homens. Por isso, são santos por si mesmos e, quando tocam nos corpos, infundem, por virtude de Cristo, a graça nas almas.” (número 39).
As finalidades deste artigo são:
1) Explorar este que é tema fundamental para a fé católica: os sacramentos;
2) Esclarecer pessoas de outras religiões e denominações cristãs acerca da compreensão da Igreja sobre os sacramentos;
3) Edificação espiritual e formar os católicos para melhor receberem os sacramentos.
Vamos lançar os fundamentos iniciais: o que seria “Sacramento e Quantos são os sacramentos?
No catecismo maior de São Pio X, encontramos o seguinte: “Que se entende pela palavra sacramento? Pela palavra sacramento entende-se um sinal sensível e eficaz da graça, instituído por Jesus Cristo, para santificar as nossas almas.” (Quarta parte. Número 516).
“Quantos e quais são os sacramentos? Os sacramentos são sete, a saber: Batismo, confirmação, Eucaristia, Penitência, Extrema-Unção, Ordem e Matrimônio.” (Quarta parte. Número 519).
Tendo lançado as bases, demos prosseguimento: O que não são os sacramentos?
Resposta: os sacramentos não são meros símbolos; não são realidades máginas; não podem ser administrados a não ser por um ministro que tenha recebido o sacramento da ordem (com exceção do batismo, em casos de risco de morte e na falta de um sacerdote) e não são invenções da Igreja!
Existem dois erros cruciais que dificultam a compressão para os protestantes:
1) A similaridade da economia salvífica entre o Antigo e o Novo Testamento;
2) O poder Apostólico e sua sucessão na história da Igreja.
Referente ao primeiro ponto: No Antigo Testamento, vê-se a designação que Deus faz para o culto divino instituindo sacerdotes e ministros sagrados para o culto, isto é, Deus demonstra sua natureza litúrgica, por assim dizer. É evidente que, como está registrado na Sagrada Escritura, “tudo isso era sobra do que devia vir” (Cl 2,17).
Todavia se vão os acidentes (os ritos sacrificiais, costumes etc) e permanece a substância (a organização estrutural do culto divino). Pode-se, assim, legitimamente concluir: os mandamentos não são abolidos, mas levados à perfeição por Cristo, da mesma forma acontece com o culto divino: “Não julgueis que vim abolir a Lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição.” (Mt 5,17). A perfeição do culto divino é a Santa Missa; pois ali que o sacrifício incruento de Jesus Cristo é oferecido. Referente ao segundo ponto: Nosso Senhor envia os Apóstolos como o Pai o enviou (Jo 20,21) e diz que quem os escuta é a ele que escuta (Lc 10,16). Até aqui, nenhum protestante pode discordar!
A diferença, porém, é a percepção da continuidade da missão e poder apostólico e seus sucessores legítimos! Por exemplo, já na Sagrada Escritura temos a primeira sucessão apostólica, que ocaso da eleição de Matias (At 1, 15-26). Alguém poderia duvidar da autoridade apostólica de Matias, sendo que no versículo 26 é dito que ele foi “incorporado” aos apóstolos?
Basta avaliar a história para ver que os Apóstolos deixaram sucessores, com o mesmo poder que Jesus Cristo os conferiu! Na verdade, nem é necessário avaliar a história… O raciocínio é lógico: se Jesus Cristo viu que era necessário o poder apostólico, logo ele continua necessário, pois a Igreja tem ultrapassado o tempo e a história e o Juízo Universal ainda não foi manifesto.
Todos os sacramentos estão nas Sagradas Escrituras: Batismo (Mt 28, 19-20; Ef 4, 25); Confirmação (At 8, 14-17); Eucaristia (Mc 12-25. Jo 6, 41-58. 1Co 11, 23-30); Confissão (Jo 20, 22-23; 2Cor 5,18); Unção dos Enfermos (Tg 5, 14-15); Ordem (Tg 5, 14-15; Tt 1,5); Matrimônio (Gn 2, 24; Mt 19,5; Mc 10, 7s; Ef 5, 31; 1Cor 6,16). Além das Sagradas Escrituras, temos uma vasta documentação e autores dos primeiros séculos do cristianismo, que falam dos 7 sacramentos.
Recorramos à Santa, Una, Católica, Apostólica Igreja de Cristo! Hoje é o dia da nossa salvação! Hoje é o dia de nos associarmos àqueles que chegaram a santidade, graças aos sacramentos por eles buscados, tal como Santo Agostinho de Hipona, São Padre Pio, São Francisco de Assis, Santa Catarina de Sena e etc… Não feche os olhos a Verdade! Não feche.
Encerro com o parágrafo 1084 do Catecismo: “Sentado à direita do Pai” e derramando o Espírito Santo sobre o seu corpo que é a Igreja, Cristo age agora pelos sacramentos, que instituiu para comunicar a sua graça. Os sacramentos são sinais sensíveis (palavras e ações), acessíveis à nossa humanidade atual. Realizam eficazmente a graça que significam, em virtude da ação de Cristo e pelo poder do Espírito Santo.”
Autor: Elton Jonatas