Seguindo Newman até Roma – Testemunho de Andrew Petiprin
The Coming Home Network International
Eu tinha ouvido falar de John Henry Newman antes de realmente estudar teologia, porque em minha primeira experiência como estudante de pós-graduação na Inglaterra, eu não estava estudando teologia, mas literatura. Então apenas aprendi muita teologia durante esse tempo. Estudava com um grupo de amigos muito ligados ao movimento de Oxford, os tratários, pessoas como John Henry Newman, John Keeble, Edward Pusey, pessoas assim, então eu tinha ouvido o nome Newman, mas foi só quando eu estava sendo treinado para o ministério na igreja episcopal que realmente li Newman.
E ler Newman durante o treinamento para ser um clérigo anglicano é uma experiência realmente interessante. Pelo menos de acordo com a escola que eu frequentei, o tipo de tática sobre Newman era que devíamos estar interessados nele só até 1845 e depois disso não. Então éramos muito interessados em seus sermões e folhetos, os textos que ele escreveu como parte desse movimento católico dentro da igreja da inglaterra, mas não lemos a Apologia, não lemos o Ensaio sobre o Desenvolvimento da Doutrina Cristã, não lemos a Ideia de Universidade, não lemos nenhum de seus outros textos importantes que escreveu como católico.
Então demorei um pouco para voltar ao Newman. E a verdade é que durante vários anos tive medo de Newman. Medo de que, se lesse a Apologia, sentiria que tinha de me converter ali mesmo. Mas não foi bem isso o que aconteceu. Na primeira vez que li a Apologia, fiquei principalmente surpreso com generosidade de Newman para com os anglicanos. Estou muito feliz que esse foi meu sentimento inicial que tive durante a primeira leitura, porque permitiu, quando finalmente me converti, me ser gentil e generoso comigo mesmo e entender que o que eu estava passando era parecido com o que Newman tinha passado. Que ele não estava apagando todo o seu passado ou sua inteira identidade antes de se tornar católico.
Mas a minha segunda leitura de Apologia, e certamente minha primeira leitura do Ensaio sobre o Desenvolvimento da Doutrina cristã, definitivamente me empurraram na direção de entrar em plena comunhão com a Igreja Católica. Eu encontrei alguém que havia, embora séculos antes, tido experiências semelhantes, lutando por seu caminho através da igreja em direção à igreja católica e que tinha uma expressão de por que você realmente teve que se tornar católico que apelou tanto para a cabeça quanto para o coração.
Acho que é particularmente emocionante que Newman tenha sido recentemente canonizado. Acredito que não apenas seus escritos, mas suas orações foram fundamentais para eu entrar em comunhão com a Igreja Católica e acredito que ele também é o tipo de santo que a igreja precisa neste momento. Ele é alguém que tinha um imenso intelecto, mas também pensava que aquilo que você acredita tem que ser o fogo do seu coração.
Tradução: Pablo Monteiro
Original: Following Newman to Rome – Andrew Petiprin